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Foguetório na ponte gera polêmica na Câmara

Alvaro R.O.Netto



“ A nossa vida é sempre garantida por um ideal ,
uma aspiração superior a realizar-se.â€
( Euclides da Cunha )

O aniversário dos 112 anos da ponte Euclydes da Cunha acabou repercutindo na sessão da Câmara do dia 25. Três vereadores – Matheus Mafepi, Caco Gumieri e José Roque Rueda envolveram-se na discussão, com pontos de vistas diversos. A discussão levantou a questão sobre o uso de fogos de artifícios para animar festas públicas. Mafepi questionou os gastos e a validade dessa manifestação, tendo em vista que o escritor Euclides da Cunha foi um defensor do meio ambiente. O vereador citou artigo escrito pelo autor de Os Sertões, quando ele era ainda um jovem de 18 anos, em 1884.
Além dos aspectos culturais, Matheus Mafepi lembrou sua proposta de campanha na defesa do meio ambiente e dos animais. Eleito pelo Partido Verde, citou casos de animais domésticos e silvestres que se perturbam com a barulhenta queima de fogos. Ele lembrou que, pelo menos, a diretora de cultura, Lúcia Vitto deveria atentar para o fato de que a poucos metros da comemoração está o mini-zoológico na Ilha São Pedro, salientando que “na hora em que os animais estão em repouso depois de um dia de visitação eles não podem ser molestados pelo excesso de estourosâ€. O foguetório no Recanto Euclidiano foi à noite.

A discórdia

Ao fazer referência à Ilha São Pedro ele disse que já visitou o local anteriormente, (em novembro do ano passado) e verificou que os animais aprisionados estavam sofrendo com tratamento e higiene inadequados. Foi questionado por Caco Gumieri sobre esse ponto e se prontificou a fazer nova visita à ilha no dia seguinte, ficando de trazer para o plenário na sessão da próxima terça-feira suas constatações boas ou ruins. Cumpriu a palavra e durante a visita chegou exatamente no momento em que os animais recebiam suas rações. Ele constatou que está tudo em ordem e que voltará ao assunto na próxima reunião, como prometido. Ele prometeu dar continuidade às visitas afirmando que, neste caso, seu interesse é, principalmente, o cuidado com os bichos. Por isso ele escolheu o Partido Verde para se candidatar a vereador. Segue o programa de seu partido.
José Rueda questionou se Mafepi era contra soltar foguetes de um modo geral ou só nas ocasiões de festas públicas. Recebeu resposta afirmativa sobre sua contrariedade e de forma mais contundente quando servir para animar festas oficiais. Rueda argumentou que há festas como as juninas que se aproximam ou a passagem do ano em que os fogos são tradicionalmente usados: uma proibição geral seria impossível. O que ninguém falou durante a reunião é que existe uma fórmula para avaliar os estragos ambientais causados pelos fogos. Mediante esse cálculo quem protagonizou a diversão fica obrigado a ressarcir os danos causados na natureza, geralmente com plantio de árvores.

Despesas impróprias

Essas despesas são consideradas impróprias com dinheiro público o que sugere a falta de legitimidade para a prática, mesmo com subterfúgios para burlar esse princípio. É uma questão ética. A diretora de Cultura, Lúcia Vitto em entrevista a rádio local teria dito que os gastos foram pagos por patrocinador(es) e não pelos cofres públicos. Essa situação pode ser um arranjo legal para os foguetes, mas não significa que sua utilização em eventos públicos seja um bom caminho, principalmente se a promoção tiver cunho cultural.
Para Matheus Mafepi esses gastos, feitos por patrocinador(es), poderiam ser mais adequadamente direcionados e citou exemplos: um concurso entre a população estudantil abordando não só a história da ponte mas seu significado para a cidade que, por causa dela, acabou conhecida como o “Berço de Os Sertõesâ€. Esses concursos, com boa premiação poderiam abranger diversas áreas culturais, envolveriam um número muito maior de pessoas e teriam direcionamento mais adequado para o momento: estudantes e professores que se preocupariam em preparar seus alunos para participarem intelectualmente do evento. Seria como se tirasse a lona do circo. Já no final das discussões Rueda argumentou que sempre foi adepto de soltar foguetes, mas chegou à conclusão que seus gastos particulares estavam muito altos e decidiu parar, deixando de lado a prática.

Situação funcional

As discussões entre Mafepi e Caco chegaram a ser mais ríspidas quando foi levantada a questão dos animais presos no zoológico e a atuação do biólogo. Sobre a permanência do atual biólogo na Ilha sua (do Mafepi) dúvida refere-se ao fato de ele ser ou não concursado. Para o vereador o concurso público garante a permanência do biólogo e a sistemática do manejo dos animais, propiciando serviços mais adequados. A situação funcional dos servidores é outro assunto que faz parte das preocupações de Mafepi: tem se preocupado com o que considera cabide de empregos. Ele lembra que, depois da saída da última bióloga da Ilha São Pedro, Maria Amélia Virgili Magalhães, já passaram dois pelo mini-zoológico. O que está lá já é o segundo, foi contratado na gestão anterior e mantido no cargo tendo em vista a qualidade de seu trabalho, disse Caco Gumieri.

Requerimento

Toda essa discussão nasceu de um requerimento que Mafepi encaminhou ao prefeito empossado, João Santurbano, solicitando que informe qual o valor total de gastos com os fogos, nome da empresa onde foram adquiridos e, em caso de doação, informar o nome da empresa. Um demonstrativo dos gastos decorridos da festa pode indicar qual a postura adotada para direcionar a cultura em São José do Rio Pardo. Existe ainda a suspeita de que os foguetes não foram adquiridos na cidade.

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