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Artes

IMAGEM É ALMA

Benet

 


A intensa luz e o calor da tarde esmaeceram as cores


O abandono fez pior


Primeiro esqueceram das vidas ali abrigadas


Depois deitaram ao chão toda tradição


Através de arcos que conjugavam a abóbada celeste


E a trama da antiga era que espetava estrelas


 


 


A exposição “SAUDADESTA CIDADE†que ocupa o hall superior do Cine Colombo e as dependencias do CENTRO DA MEMÓRIA, resulta de uma experiência de exatos 20 anos, quando aqui retornei e redescobri a história desta cidade...


Minha obra contemporânea foi totalmente dominada pela experiência do tempo através do contato diário com a história da cidade.


Durante todo este tempo, experienciei uma integração com a natureza e tentei vivenciar os arredores da cidade para construir uma obra autêntica.


Reciclei materiais em busca de suportes artesanais para dar materialidade ao conceitual de minha obra.Fiz releituras da arte renascentista, em busca de um imaginário religioso. Tudo em busca de uma estética coerente com o estado das coisas que ficaram abandonadas...


Hoje nesta exposição sintetizo esta experiência relacionando as imagens selecionadas do Arquivo Fotográfico com produções artesanais que remetem a uma tradição secular.


Lidar com este arsenal fotográfico é voltar no tempo e constatar que esta cidade era bela ao integrar-se na paisagem.Era autentica em seu modelo, mesmo com as tentativas de reproduzir palacetes europeus e jardins idílicos, numa tentativa de matar a saudade da pátria distante...


A melancolia e a saudade são heranças do povo português, raça dos coronéis que povoaram estas terras. Depois vieram os italianos e com eles a tradição artística. Herdamos seus sonhos e destruímos suas almas apagando a memória das gerações futuras.


A pacata cidade era feita de um cenário sólido, de paredões perfilados, corredores de imensos portais e janelões de onde se avistava toda exuberância da paisagem ao redor. Eram camadas de verde que se estendiam até o horizonte. Muralhas naturais que projetavam suas sombras protegendo a pequena comunidade de ruas de terra batida, por onde seguiam as mulas, charretes, bicicletas e os primeiros carros que levantavam poeira...


A paz e o silencio preenchiam os vazios das construções em meio aos bosques e pomares. Um frescor aromatizado coreografava a suave brisa no encantamento das manhãs e tardinhas que traziam sinfonias distintas de insetos, anfíbios, aves e animais, além das aguas do rio e do apito do trem...


                                                                                                   Benet 12/3/2006


 


                                                                                        

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