Vereador quer saber onde está o monumento
O monumento à Independência do Brasil, antes localizado na praça Capitão Vicente Dias desapareceu quando o local foi transformado em uma pequena rua atrás da igreja Matriz, por ocasião da unificação das duas praças centrais de São José do Rio Pardo. A obra que não foi das melhores soluções para aquele local, causou outro grande problema: o monumento à Independência, inaugurado 1922 e que estava naquele local, sumiu. Na época era prefeito o atual deputado federal Silvio Torres que prometeu reinstalá-lo na Ãrea de Lazer, juntamente com as duas pérgolas tradicionais que existiam naquela praça da Matriz. Fazendo parte do mesmo pacote, o obelisco em homenagem ao Capitão Mário
Rodrigues também foi retirado do local (ficava em frente ao atual Museu Rio-Pardense) e transferido para a praça Capitão Mário Rodrigues, próximo ao viaduto que dá acesso à Vila Formosa. Hoje este monumento esta escondido entre ipes plantados no local sem nenhum critério, durante a gestão Celso Amato, no meio de uma praça sem valor arquitetônico, construÃda com bloquetes e bancos de ardósia, por João Batista de Souza (Jonjoca).
O grande problema, entretanto é que o monumento à Independência, transferido dos terrenos da antiga caixa d’agua para a praça da Matriz pelo prefeito da época, Antonio Pereira Dias, e que era inimigo polÃtico de SÃlvio Torres, sumiu. Este monumento foi inaugurado primeiramente no onde está o serviço de água da cidade em homenagem aos cem anos da Independência do Brasil. Além da construção em alvenaria, um obelisco sustentava artÃstica placa de bronze alusiva à data, que também evaporou. Durante algum tempo partes do monumento (pedaços das colunas laterais) foram encontrados quebrados e jogados no caminho que demanda à bomba de água que abastece a cidade, nas margens do rio Pardo. Posteriormente, estes mesmos pedaços de colunas ornamentaram o jardim que fica atrás do Museu Rio-pardense, já como forma de protesto pelo sumiço daquele bem público: um pedido simbólico para que a população não se esquecesse do absurdo.
Esta situação que incomoda alguns rio-pardenses mas que tendia a cair no esquecimento, foi desenterrada com o requerimento do vereador Luiz Paulo Cobra Monteiro: ele quer saber que fim levou o monumemnto. O requerimento foi aprovado na reunião do dia 6 de setembro e até há pouco tempo o prefeito João Santurbano que é do mesmo partido e do mesmo grupo polÃtico do deputado SÃlvio Torres ainda não havia dado nenhuma resposta à indagação do vereador.
Entretanto, Luiz Paulo não é o primeiro a se incomodar com o descaso. O cronista Rosdolpho José Del Gueerra já escreveu sobre o assunto em 1987, em crônica no jornal Gazeta do Rio Pardo, posteriormente republicada em um de seus livros. Na coleção de fotografias organizada pelo cronista através dos tempos, e que foi parar no Centro Cultural Italo-Brasileiro, existe uma pequena foto que prova a existência do monumento.
O jornal Da Silva está fazendo um movimento com o tÃtulo “Cadê o Monumento da Independência†com “objetivo de recuperar um belo monumento que sabe-se lá onde foi parar, que custou alguns contos de reis aos cofres públicos e que pertence à comunidade rio-pardenseâ€
O pouco caso que as autoridade atuais do municÃpio dedicam à cultura em São José do Rio Pardo, é fato antigo, que vem se consagrando e ganhando maiores proporcões ao invés de recuar.